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#1 Composteira doméstica: transformando resíduos orgânicos em biofertilizantes.

Atualizado: 21 de mai. de 2020

Saiba todas as etapas para iniciar a sua composteira. Mora em apartamento? Sem problemas, siga nossas dicas e faça a sua!




Viver em sintonia com o nosso espaço nos leva a buscar soluções cada vez mais sustentáveis para as atividades cotidianas. Destinar nossos resíduos orgânicos podem ser parte desse processo. Para descomplicar essa tarefa, vamos conhecer os detalhes das composteiras domésticas.


Quando pensamos em uma escala domiciliar, pequenas estruturas plásticas podem ser utilizadas como recipientes de coleta para resíduos orgânicos, como restos de alimentos provenientes da cozinha. Sendo assim, mesmo pequenos espaços, como apartamentos, podem abrigar uma composteira que irá atender suas necessidades perfeitamente.

Mas por onde começamos? Qual a melhor opção? O que podemos colocar? Com certeza existem algumas dúvidas, mas para desmistificar podemos acompanhar esse passo a passo.


Tipos de composteira


Antes de iniciar, é importante selecionar qual o tipo e tamanho de composteira melhor se adapta à sua realidade. Existem dois principais tipos de compostagem: a compostagem seca e a vermicompostagem (não se assuste com o nome). As diferenças estão no modo como a compostagem é feita.


Em estruturas de compostagem seca, os próprios microorganismos presentes no solo são responsáveis pela decomposição. Por não contar com auxílio de elementos externos esse processo é mais lento, resultando em um húmus mais úmido.


Já as estruturas que utilizam minhocas (pequenos seres graciosos), definem um processo que recebe o nome de vermicompostagem. Por se alimentarem de alimentos frescos, as minhocas californianas são as mais utilizadas. Este processo de decomposição é mais acelerado, resultando em um húmus mais drenado e um rico biofertilizante líquido, que diferente do chorume, não é poluente e não possui cheiro.

Em relação ao tamanho, é aconselhável escolher uma caixa que seja capaz de armazenar resíduos durante um mês, para só depois iniciar a próxima caixa. Portanto, conhecer seus hábitos de descarte será a melhor maneira para compreender se irá precisar de uma estrutura maior ou menor.

Processos de compostagem


Após escolher a sua composteira, será o momento de separar os resíduos orgânicos para serem decompostos. Para auxiliar nessa seleção precisamos lembrar que tudo que for colocado na composteira fará parte de um pequeno ecossistema, e precisa ser o mais equilibrado possível.


Em geral, são recomendados alimentos crus, como:

  • Frutas;

  • Legumes;

  • Verduras;

  • Borra de café

  • Restos de chás;

  • Cascas de ovos.

Outros resíduos devem ser evitados, como:

  • Frutas cítricas;

  • Alimentos cozidos;

  • Arroz e feijão;

  • Carnes;

  • Laticínios e derivados;

  • Óleos e gorduras;

  • Temperos, como alho e cebola.

Com os resíduos separados, vamos então entender os processos de montagem e decomposição. Para o sucesso desse sistema, devemos encontrar um equilíbrio entre os componentes secos e os componentes úmidos.

Na etapa de montagem, o resíduo orgânico será um componente úmido que precisa ser misturado a um componente seco que pode ser serragem ou folhas secas trituradas. Esses elementos devem ser colocados na composteira em camadas, obedecendo uma proporção de 1:1. Ou seja, para cada parte de resíduo orgânico você irá colocar uma parte de folhas secas trituradas.

Na etapa de decomposição, será necessário revirar com cuidado a mistura periodicamente, garantindo oxigênio no sistema. Assim, com o passar do tempo já será possível observar um húmus de minhoca nas primeiras caixas, e um líquido escuro, na caixa coletora que fica na base da estrutura. Como mencionado anteriormente, esse processo depende diretamente do tipo de composteira escolhido, e pode durar aproximadamente dois meses.

Usos no jardim


Esse ciclo será contínuo, com a transformação dos novos resíduos em biofertilizantes. Estes produtos, como passaram por processos de decomposição de matérias orgânicas, estão repletos de macro e micronutrientes essenciais para as plantas como: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, zinco, cobre, manganês, boro e outros.

Composteira Humi | eCyclo

O húmus, parte sólida, pode ser integrado aos canteiros e vasos desde a montagem até a manutenção periódica do jardim. O líquido escuro, pode ser utilizado como biofertilizante líquido. Antes precisa ser diluído com dez partes de água, ou seja em uma proporção de 1:10. Assim pode ser pulverizado nas folhas das plantas (mas não esqueça de proteger a planta do sol direto).

Seguindo estas orientações de montagem e manutenção, as composteiras domésticas podem encontrar um belo lugar no seu dia a dia. Escolhendo um local ventilado e protegido da chuva e do sol, seu sistema ficará equilibrado e, acredite, sem cheiro!

Além de ser um processo limpo e sustentável, a compostagem pode ser uma oportunidade para repensar, reduzir, reutilizar, recusar e reciclar, nosso modo de consumir e principalmente minimizar os impactos dos nossos resíduos em aterros ou lixões.

Para montar sua estrutura acesse nosso vídeo:

Referências


65 visualizações1 comentário

1 comentario


Maravilhoso.... Muito bom.... Participei da montagem da composteira ...que ficou ótima 👍

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